Promotor
Minutos Redondos, Lda.
Breve Introdução
Informamos que os lugares da sala onde se realiza este espetáculo/atividade SÃO MARCADOS. As normas de acesso aos espetáculos respeitam as diretrizes da DGS atualmente em vigor. Informamos que por razões que nos são alheias a programação (datas, horários, elencos, etc) pode sofrer alterações.
Sinopse
O disco de estreia do trio formado pelo José Soares (saxofone) e André Matos (guitarra) foi editado pela editora americana Outside in Music e conta com o apoio da Antena2, Fundação GDA, Companhia de Actores e Teatro Municipal Amélia Rey Colaço. Com uma instrumentação tão distinta, o grupo explora as composições de Carvalho com uma abordagem aberta, usando texturas, sons e dinâmicas como veículo para exprimir auditivamente cada uma das palavras intraduzíveis escolhidas. “A Humanidade caminha numa direção em que o mundo está cada vez mais interligado. Em menos de 50 anos, desenvolvemos novas formas de comunicação, não só mais rápidas e acessíveis, como também capazes de transmitir mais facilmente o que queremos dizer. Aparentemente, o espaço para o desentendimento deveria ser menor. No entanto, continuamos a ter momentos em que não conseguimos expressar exatamente o que pensamos ou sentimos, faltando-nos palavras que sirvam este propósito. Estas seriam extremamente úteis para tornar o discurso mais claro. Se é um facto que há, e provavelmente sempre haverá, uma lacuna entre significado e interpretação, emoção e intenção, também é verdade que ao expandirmos o nosso léxico, aumentamos automaticamente a nossa capacidade de expressão. Não havendo, no entanto, a dita palavra na nossa língua, não significa que não exista numa outra. Foi desta forma que as palavras ditas intraduzíveis entraram no meu mundo, levando-me a escrever um novo ciclo de composições que intitulei “Lost in Translation”. Palavras que só existem em determinada língua e que, para expressarmos o seu significado noutra língua precisamos de várias outras palavras. Estas palavras podem ser a solução para algo em que já pensámos, mas nunca soubemos como o expressar. Ou, podem, por outro lado, significar coisas em que nunca pensámos, abrindo assim a visão para outras perspetivas e cultivar a imaginação. As palavras são sem a menor dúvida ferramentas e, como qualquer ferramenta, surgem de uma necessidade. É por isso curioso notar que numa certa cultura não há determinada palavra que signifique uma ideia, objeto ou ação, mesmo que isto esteja presente nas suas vidas. Ao mesmo tempo, uma outra cultura sentiu a necessidade de criar a sua própria palavra. É também muito curioso notar que algumas destas palavras estão ocasionalmente associadas a um estilo de vida, geografia ou até mesmo a filosofia de uma dada cultura. Um excelente exemplo é Karelu, uma palavra Tulu que significa a marca deixada na pele por se usar algo apertado. Apesar de estarmos sistematicamente a querer diferenciar-nos e deixar a nossa marca no mundo, a verdade é que somos todos feitos da mesma matéria. É por isso que as línguas são tão importantes e responsáveis pelo processo de aculturação. É neste processo que a identidade de uma civilização é criada e para mim, são estas características tão distintas que fazem com que o nosso mundo seja tão especial e a Humanidade tão interessante. Tal como as línguas, a música é ela própria uma língua, curiosamente uma língua universal. É esta ligação entre língua e música, palavras únicas e momentos musicais singulares que “Lost in Translation” explora. Se já por si só aprender uma nova palavra é algo gratificante, se de alguma forma esta aprendizagem estiver correlacionada com música, a experiência e aprendizagem será mais profunda. A busca incessante por novas sonoridades tem-me levado a descobrir e explorar algumas áreas musicais tais como a música improvisada, a música experimental e a música contemporânea dita erudita. Wittgenstein disse “os limites da minha língua significam os limites do meu mundo”. Acredito realmente nisto e é por isso que, acredito que ao aprendermos novas palavras, a nossa consciência se torna mais sensível aos outros, nos tornamos mais empáticos e o nosso mundo se torna mais rico.”André Carvalho
Ficha Artística
Contrabaixo: André Carvalho Guitarra: Zé Cruz Saxofone: José Soares
Preços
Bilhete Inteiro 12,00€ Descontos Maiores de 65 anos | Menores de 25 anos | Grupos + 10 pessoas Profissionais de espetáculo | Residentes Odivelas | Cartões Câmara Municipal de Odivelas | Funcionários Câmara Municipal de Odivelas | Cartão FNAC | Konica Minolta | Clube P | STARQ | SDPGL * *Descontos efetuados na bilheteira da Malaposta, mediante apresentação do respetivo documento comprovativo.
A marcação de lugares para pessoas com mobilidade reduzida (cadeira de rodas) deve ser realizada diretamente com a Malaposta através dos seguintes contactos: [email protected] ou 212478240
André Carvalho | Lost in Translation
VIDEO