Promotor
Câmara Municipal do Porto
Breve Introdução
O Museu do Vinho do Porto é um dos núcleos do Museu da Cidade.
A nova exposição permanente para a instalação do Museu na rua da Reboleira tem como tema O Governo da Cidade e o Vinho.
Uma parte das funções originais das cidades primiti¬vas, surgidas no Próximo Oriente há 5 milénios, atra¬vessam os séculos, estão documentadas nos arquivos municipais do Porto e chegam aos nossos dias.
Uma prioridade constante são os mantimentos da ci¬dade: quantidade, qualidade e preço.
O vinho faz parte desta vasta área temática do go¬verno no Porto, debaixo de muitas designações, por exemplo vinhos de Riba de Douro, ou de Cima do Douro, de Lamego, Verde, da Beira, das Canárias, de Bordéus, de Lisboa, de Colares, vinhos dos terços, de cutelo, de ramo, vinhos de embarque, de lotação.
O Vinho do Porto é uma designação tardia para uma das variedades de vinho de Cima do Douro que cir¬culam na cidade, em parceria com tantos outros, mas que marcará a cidade de forma significativa.
As cidades são grandes reservatórios de energia humana, produto de uma enorme mobilização de vitalidade, poder e riqueza. Local de encontro de diferentes raças, culturas, tradições tecnológicas e línguas, veem o seu crescimento dependente da en¬trada de alimentos, matérias primas, mão de obra qualificada e gente.
A função secular do governo da cidade em garantir o seu aprovisionamento desdobra se na sua obtenção, no armazenamento e na distribuição e inclui a deci¬são e fiscalização quanto a categorias, modalidade de venda, locais de descarga, locais de venda, transpor¬tes, circulação, higiene, vendedores e vendedeiras, vasilhas, padrões de medidas, tabelamento de preços.
O percurso que propomos no Museu gira em torno de exemplos de três categorias de oficiais munici¬pais que ao longo dos séculos lidaram com o vinho: Vereadores, Almotacés e Aferidores.
A sua intervenção decisão, fiscalização, cotejo pelos padrões é conhecida através de uma massa importante de documentação do Arquivo Histórico Municipal: deliberações, acórdãos, posturas, regi¬mentos, editais, pautas.
Duas destas categorias chegam aos nossos dias o Vereador e o Aferidor, mas o Almotacé irá desapa¬recer com a Constituição Liberal de 1832, sendo as suas funções distribuídas por novos cargos do poder municipal e central.
Como exemplo desta documentação das funções municipais no Porto, foi selecionado como guia ao longo dos vários pisos, um livro de acórdãos ma¬nuscrito, datado de 1787, que nos acompanhará na exposição.
As obras de arte e a documentação pertencem às co¬leções da Câmara Municipal do Porto.
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