Promotor
Câmara Municipal de Barcelos
Sinopse
O FIM ESTÁ NO PRINCÍPIO E, APESAR DE TUDO, CONTINUAMOS.
Olhamos à volta e não vemos ou procuramos não ver. Se vemos, quase não acreditamos possível. Se vemos melhor, a miséria está aí. Perto, dentro de portas. Na casa ao lado. Na rua de cima. Longe, filtrada pelo écran, distorcida pela narrativa, real nos corpos mutilados, nos mortos-vivos, nos vivos-mortos.
Mais perto ainda, dentro de nós.
Se olharmos com uma boa lente, de grande alcance, uma lente que atravesse tempo e espaço, reconheceremos a eternidade, a inevitabilidade, a absurdidade de tudo isto.
E o humano, demasiado humano, profundamente desumano, portanto, de tudo isto.
Também nas palavras, repetidas, gastas, fragmentadas, gastas, reditas, gastas, e continuadas, sem descanso. À procura do sentido inexistente, negado, reiteradamente negado, do que que somos, quem, quando, onde, porquê — para quê, afinal.
Esta é a matéria de Beckett, esta é a matéria dos dias que vivemos.
Esperança? Residual, uma partícula no universo. No Teatro, talvez, ainda, apesar de tudo.
Texto: Samuel Beckett
Tradução: Sílvia Brito
Encenação: Sílvia Brito
Elenco: André Laires, Carlos Feio, Eduarda Filipa, Rogério Boane
Cenografia e adereços: António Jorge
Figurinos: Manuela Bronze
Guarda-Roupa, confecção: Mónica Melo
Espaço sonoro: Grasiela Muller
Desenho de luz: Nilton Teixeira
Preços
Descontos
- Cartão Quadrilátero
- Deficiência/Acompanhante