Produtor
A Bruxa Teatro Associação
Sinopse
Qual a razão que me leva a confundir uma raíz com uma poltrona, ou de como ainda faço teatro?
Zeferino Mota escreve no nosso Ninguém que, alguém atrever-se a separar as gerações, é como se quisesse recomeçar o próprio homem no meio da sua vida. Embora esteja já um pouco mais adiante do meio da minha vida, recomeçar é como se fosse a palavra que tem orientado todo o meu percurso profissional. E é neste recomeçar que me descubro ainda mais tenso do que da primeira vez. Como se a consciência da partilha do acto criativo fosse um dever que me aproxima da vida. Como se a responsabilidade de ocupar o palco fosse uma extensão da responsabilidade de viver. A enorme aventura que é viver, só é comparável à alegria que é descobrir, descobrir-nos, olhar-nos, enganar-nos e, no nosso engano, caber todo o mundo. O nosso que é também dos outros. Como se a consciência de nós fosse também a consciência dos outros. Como se fôssemos a extensão uns dos outros. Como se aqui, neste espaço que partilhamos – o teatro –, fôssemos capazes de nos entendermos melhor, capazes de sermos melhores. O eterno espaço da liberdade. A eterna liberdade de aqui estarmos, depois de tanta procura…
Interpretação
António Capelo
Produção
Teatro do Bolhão
Ficha Artística
Encenação António Capelo
Texto Zeferino Mota
Assistência de Direção Jessica Duncalf
Apoio à Direção Pedro Aparício
Interpretação António Capelo
Música André Abujamra
Sonoplastia Fábio Ferreira
Cenografia e Figurinos Cátia Barros
Desenho de Luz Mário Bessa
Imagem e Cartaz Luís Troufa
Direção de Produção
Glória Cheio