Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
Estamos no ano de 1931. Uma viúva vive com os dois filhos no Sul da Indochina francesa, num bungalow isolado junto ao mar. As condições de vida destes colonos são miseráveis. Tudo o que possuem é um velho Citroën que perde peças pelo caminho. Esta mãe investiu todas as suas economias — ganhas como pianista de cinema durante 15 anos — num terreno que acabou por se revelar incultivável: todos os anos as plantações são alagadas pelas marés altas. Destroçada com a destruição sucessiva das barragens que insiste em construir para proteger os seus terrenos da água do mar, e acossada pela administração francesa corrupta, esta mulher acaba por sucumbir à loucura.
UMA BARRAGEM CONTRA O PACÍFICO constitui a estreia absoluta no nosso País de um romance seminal de Marguerite Duras. Num registo autobiográfico, é-nos revelada a história dos europeus deserdados e desiludidos que, simplesmente, buscaram o seu quinhão na herança dos novos mundos. Concretamente, evoca-se a vida de dois jovens que, face às suas existências de ‘brancos pobres’ sem horizontes, mais não possuem do que uma raiva surda. Um sentimento só reconhecível por aqueles que bateram com a cabeça contra um muro tão inexorável quanto o Pacífico, iludidos por um regime colonial.
Ficha Artística
Texto MARGUERITE DURAS
Adaptação GENEVIÈVE SERREAU
Tradução LÚCIA LIBA MUCZNIK
Encenação ÁLVARO CORREIA
Cenografia e Figurinos SÉRGIO LOUREIRO
Música SOFIA VITÓRIA
Desenho de Luz GUILHERME FRAZÃO
Interpretação BRUNO SOARES NOGUEIRA, DAVID PEREIRA BASTOS, ERICA RODRIGUES, ÍRIS CAÑAMERO, JOÃO CABRAL, JOÃO JESUS, TERESA GAFEIRA
Preços